Hoje as empresas, de certa forma, produzem materiais eletrônicos e os imprimem, seja para arquivá-los ou não. O fato é que com a certificação digital, que está no mercado brasileiro há 10 anos, é possível eliminar a necessidade do tramite físico do papel com validade jurídica.
Os impactos dessa solução no dia a dia das empresas são diversos, entre eles redução de custo e a eliminação de processos burocráticos, como reconhecimento de firma em cartório. Mais segurança é, também, outra consequência da certificação digital, já que o documento só pode ser alterado com consenso do titular.
“A certificação, por si só, além da validade jurídica tem sistemas mais inteligentes. É a capacidade de interoperabilidade entre as operações. Benefícios para melhorar o processo”, avalia o diretor geral da Valid Certificadora Digital, Márcio Nunes.
A empresa, que é fruto de um investimento de R$ 30 milhões da Valid S.A, começou a emitir certificados digitais há poucos dias baseada nos resultados obtidos no mundo corporativo. A integridade dos documentos é destacada pelo CEO da Valid, José Roberto Mauro. “Um documento assinado ganha propriedade intrínseca, que é a capacidade sistêmica. Você consegue imediatamente saber se ele foi adulterado. Esse certificado proporciona maior segurança da informação, a empresa passa a ter muito mais confiança no relacionamento transacional.”
A certificadora atua no varejo conforme imagina a necessidade do País para emissão do certificado; corporativamente o uso da solução é feita como instrumento. Mauro explica que existe uma legislação que estabelece a forma como deve ser feita a utilização do certificado pelas empresas, seja para uma emissão Pessoa Física ou Jurídica.
O CEO da Valid explica que a área fiscal das companhias é a responsável por cuidar tanto do faturamento quanto da emissão da assinatura, já que é considerada o departamento que mais naturalmente requer o uso do certificado. Nesse caso, a TI é responsável apenas por oferecer suporte.
“A Valid atua numa linguagem simplificada e com ferramentas de apoio. Evidentemente que a equipe de TI irá fornecer apoio de acordo com suas regras operacionais e de segurança”, diz Mauro.
Modelo de negócio
Nesse primeiro mês, a companhia está estruturada para trabalhar com redes e parceiros para oferecer serviço com capilaridade necessária para a demanda do Brasil.
A Valid é composta por quatro linhas de negócios: a primeira, responsável por atender à emissão de documentos de identificação para o governo; outra voltada para a parte de documentos e detalhamentos; a terceira linha oferece serviços e produtos para Telecom; e por último a certificação. “Nós temos a sinergia entre nossas divisões. Todos nossos clientes são potencialmente da certificadora, a ideia é aumentar oferta de serviços para nossos clientes atuais”, diz o CEO.
A expectativa da companhia é fechar o ano com aproximadamente 150 mil clientes, entre pessoas físicas e jurídicas. E ainda, estima-se conquistar 10% do market share até o final de 2012.